Dois excelentes exemplos, a escalas totalmente diferentes, que lutam por uma IMPLOSÃO URBANA são a cidade vazia de Detroit (E.U.A), que detém um sem número de edifícios abandonados e expectantes no seu centro, perdendo habitantes de dia para dia e a difusa cidade de Córdoba (Espanha) que optou por uma expansão urbana extensiva e agonizante, com tantas parcelas vazias que demonstrou ser económica, social e ambientalmente pouco sustentável. Em ambos os casos estão já em curso programas e projectos com uma direcção centrípeta que permitam densificar os centros urbanos e reduzir o tamanho das urbes.
Perante estas novas realidades, teremos que propor usos de solo que acrescentem e produzam valor – económico, social e ambiental –, que sejam duráveis e não efémeros, apoiados em edifícios extremamente dinâmicos e com uma capacidade de reconversão veloz; existe uma grande oportunidade de negócio ao aproveitar os recursos não explorados do capital construído existente.
Os ícones urbanos consagram-se de uma forma cada vez mais rápida, sendo reconhecidos como um valores arquitectónicos ou urbanos em vinte ou vinte e cinco anos. Apesar de tudo, existem variadíssimos edifícios sem estes valores, com deficiências e desgastes exagerados devido ao uso intensivo e a múltiplas intervenções parciais que os desvirtuaram nas
últimas décadas.
A reabilitação e a reconversão urbana, tão na moda actualmente, podem ser produzidas em vários nichos de negócio, o património construído moderno é sem dúvida uma oportunidade. Estes edifícios começam a sofrer intervenções profundas e programadas que os actualizam face às actuais exigências do mercado.
Esta tendência tem-nos vindo a ser confirmada nas experiências desenvolvidas – fundamentalmente em Barcelona – em edifícios corporativos dos anos sessenta e setenta.